Nos chamam de flor
Esse povo que desconheço a cultura
Cuja tal brutalidade
Distorcem a igualdade
Acabamos nos tornando
As flores que querem
Pois é difícil se olhar em um espelho que dita as regras de corpo que ainda seguem
Cheiram do meu perfume
esse povo que me tortura
Não vêem minha dor
E de tantas outras, com o sangue de amor
Arrancaram-me as pétalas.
Assim, não se vê mais as flores
A cultura grita por auxílio
Mas não enxergam por trás da muralha que construíram
As lembranças não são guardadas em palavras
São memórias amontoadas que tentamos disfarçar.
Os sorrisos mentem, com medo das consequências
Sonhos se tornam de mentira
E a cada dia, nos inventam outro nome
A lua sempre tem minha companhia,
Nestas noites não há onde se esconder
A janela aberta deixa entrar a ventania
que traz folhas, lágrimas e gritos
A salvação já não tem como nos regar
Sem um passo poder dar
Não tem voz
Ou tempo pra sonhar
Em um mundo onde as flores
Multicolores dançam
Longe de dores
Da muralha
Da cultura estimulada
Que não parou por nada
Se às elas perguntar,
Entre águas irão lembrar os amores
Que se foram em vão
Num povo sem se quer coração
E não voltarão a se calar
se alguém as libertar
Flores de dentro devem gritar,
E as outras, avançar e seguir.
Podemos cantar
Para não desistir
Não mais se vê sorrisos
Pois há quem solevante
Mas quem se entrega para a dor
Acaba ficando ali
o povo objetifica
E a tristeza mortifica
Em um povo desconhecido
tento encontrar o que ali eu perdi
E de tanto vagar
Eu entendi.
Todos tem medo de lembrar,
Mas há os que não querem esquecer
E fazer da dor, o seu poder
Não é fácil porque
Quem já fez tende fazer
E a gente, procurar
sem nada pra encontrar
A grama em que pisamos já não tem mais cor
A terra rachou
Com sede de amor.
Queria tentar contar meu primeiro assedio de uma forms diferente🎈
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